quarta-feira, 25 de junho de 2008

CRISE II

Caixa nega fraudes em prêmio da Mega-Sena

Em resposta às suspeitas de que os valores pagos pela Mega-Sena estejam sendo utilizados para lavagem de dinheiro, o diretor de Loterias da Caixa, Paulo Campos, disse que os dados dos ganhadores de todas as loterias são repassados à Receita Federal.
Segundo ele, a Caixa também monitora os CPFs dos ganhadores. "Quando verificamos que um CPF ganhou várias vezes, repassamos a informação ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) para investigar indícios de lavagem de dinheiro", explica Campos.
A Caixa Econômica Federal vai disponibilizar todas as informações que a CPI dos Bingos pedir sobre os prêmios pagos pela Mega-Sena a partir de 12 de maio de 1997, desde que a revelação dos dados não comprometa o sigilo bancário. Segundo Campos, caberá ao Departamento Jurídico do banco analisar o caso.
A CPI quer investigar a existência de supostas fraudes nos pagamentos de prêmios milionários da loteria.
O relator da comissão, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), quer apurar os dados dos vencedores dos principais prêmios, observando os bilhetes de cada um, as casas lotéricas e as aplicações realizadas. Técnicos da CPI já solicitaram as informações à Caixa, especialmente sobre os prêmios que superaram a casa dos R$ 5 milhões partilhados em grupos - o chamado 'bolão'.
A CPI deve concluir as investigações em um mês. A assessoria de Garibaldi Alves calcula que são, no máximo, de 100 a 150 vencedores de prêmios considerados milionários. As suspeitas vieram à tona a partir de apurações feitas pelo Coaf.
O órgão investiga prêmios da quadra e da quina da Mega-Sena. Em depoimento à Polícia Federal, por exemplo, Egton de Oliveira Pajaro Júnior, ex-sócio do empresário de jogos Carlinhos Cachoeira, contou que só ele ganhou de 30 a 40 vezes na Mega-Sena. Os irmão de Pajaro, Fábio e Cláudio, também eram agraciados com prêmios.

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